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Uma crítica sobre Babygirl e o descontrole do desejo

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Isadora Sinay
jan 16, 2025
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Tem aqueles filmes em que dá primeira vez que você lê a notícia, vê o post do Letterboxd, ou só, de qualquer forma que seja, fica sabendo da existência iminente deles, você pensa “esse filme é para mim!", ele foi engenhado nos laboratórios de Hollywood para mim, a pessoa que eu sou, as obsessões que eu tenho. No meu caso, esse filme foi Babygirl.

Eu não sei bem quando eu soube que ele ia existir, mas eu me lembro de ver uma entrevista da diretora - talvez em Cannes? Veneza? - dizendo que ela tinha tentado construir uma versão feminista do thriller erótico e dei um gritinho. E aí nós precisamos começar esse texto falando de thrillers eróticos.

Caso você absolutamente não saiba do que se trata, ou esteja, como eu estava, interessado suficiente na ascensão e queda desse gênero para enfrentar mais de 20 horas de podcast, eu recomendo as duas temporadas que o You Must Remember This fez sobre o tema, uma focada nos anos 80 e outra nos anos 90. Mas, para efeitos dessa newsletter, um thriller erótico é, bom, um thriller, portanto um filme de suspense, em que o perigo reside no sexo. Ou seja, uma trama de crime, chantagem, investigação, o que seja, vai se desenrolar e o “vilão", a força obscura que move todas essas coisas é o sexo, consumado ou só na dimensão do desejo. Essa ideia em si não é machista ou conservadora. O desejo é, de fato, um elemento desorganizador da vida: ele se opõe à racionalidade, é incontrolável, te aproxima do seu aspecto animal. Mas em sua forma clássica o thriller erótico foi sim um gênero machista.

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