Maio foi um mês meio atribulado, minha gata ficou doente, eu tive cinco pilhas de coisas pra corrigir e no geral a vida estava só uma zona, o que quer dizer que li e vi muito pouca coisa, mas vamos mesmo assim:
O que eu li em maio: Terminei de reler O Sol Também se Levanta para o encontro do ciclo de leitura e fiquei surpresa com o como a Brett é uma personagem feminina melhor do que eu lembrava e melhor do que quase qualquer outra do Hemingway. Se você nunca leu o Hemingway, eu acho esse um ótimo início e um dos meus favoritos.
Também li Slow Days, Fast Company da Eve Babitz e gostei mais de Black Swans eu acho, mas ela segue sendo um achado na minha vida. Enviei um diário de leitura sobre ele para os assinantes pagos inclusive.
Estou lendo Middlesex para o encontro do clube do livro no dia 03/06 e é isso. Péssimo mês de leituras, mas bora.
De textos da internet eu fiz uma seleção para manter a vibe do último ensaio: primeiro a newsletter da Fernanda em que ela lista Favoritos Aleatórios da Semana, gosto muito do espírito “aqui foram as coisas que me ajudaram a sobreviver no capitalismo tardio durante os últimos sete dias”. Um texto da Anna Vitória, da No Recreio, sobre ser fã de Taylor Swift e sentir todas as coisas. Um texto da Carla do Outra Cozinha a respeito de ir viver no campo que também tenta repensar essa lógica da produtividade e dos caminhos estreitos da vida contemporânea.
Fora desse espírito, um texto maravilhoso da Ariela do A Diletante pensando aquele trecho famoso do Levítico. A Taize voltou com a newsletter dela e mandou uma listinha de livros muito simpática e, por fim, a Lidy escreveu sobre imagens, memória e revisitar nossa própria história.
O que eu vi: De novo, um mês atribulado, portanto não terminei série nenhuma, mas estou vendo Ted Lasso e acho que essa temporada caiu horrivelmente, quero escrever sobre isso depois. Também estou vendo Mrs. Maisel e tristíssima que ela vai me abandonar. E, como todas as pessoas do mundo, estou chorando, berrando e me jogando no chão porque esse domingo é o finale de Succession.
De filmes eu vi no cinema Dançando no Silêncio, inclusive mandei resenha ontem, e Guardiões da Galáxia, que me fez até lembrar que quando tem um ser humano de verdade escrevendo roteiro eu gosto dos filmes da Marvel. Em casa vi Down By Law, que entrou no Mubi como parte da retrospectiva do Jim Jarmusch e eu amo esse cinema cool meio surreal dele e Scarface, que está no Star+. Sei que alguém vai me mandar um email revoltado, mas acho que nas horas que Scarface decide ser um Grande Gatsby da máfia, uma história sobre ambição, sonho americano e o vazio de tudo isso que termina com um morto na piscina é excelente. Pena que o filme tem uma hora e meia a mais do que precisa e nessa uma hora e meia de sobra ele é só brega e quer me fazer sentir por uns homens que não param dois minutos pra refletir sobre o próprio pinto, falta aquela masculinidade ferida dos filmes de máfia do Scorcese.
O que eu ouvi: Eu tento evitar repetição de recomendações e sei que já falei dessa na newsletter paga, mas estou gostando tanto que vou fraquejar dessa vez: descobri esse podcast do Flea chamado This Little Light em que ele conversa com músicos sobre a educação musical deles. É muito legal ver as pessoas falando sobre esse encantamento e o Flea é um entrevistador tão generoso que você fica muito contagiado pelo quanto ele gosta de música.
E sei que não é novidade para ninguém, mas revisitei o primeiro disco da Amy Winehouse esses dias, Frank, e que saudades dessa mulher. Também fiquei apegadíssima as playlists “de nicho” que o Spotify começou a fazer para mim, hoje eu tenho uma chamada “2000s Road Trip Mix” e “Vampire Mix”, o que quer que isso queira dizer.
Até mês que vem quando espero não ter uma gata doente, ter lido bem mais e estar no meu primeiro dia de férias.
Quero a sua opinião sobre a Midge ter abandonado o Phillip Roth no altar!
Entrei em todos os links que vc colocou aqui e to adorando. Se esse maio ta ruim, imagino vc num mes bom... obrigada pelas dicas. E melhoras pra gatinha. :)