De vez em quando, talvez por acidente, talvez porque eu estou sendo movida por impulsos que não analisei bem (nesse caso eu até tenho uma hipótese) minhas leituras acabam um pouco temáticas, como se sem notar eu enfileirasse vários livros com algo em comum. Nesse caso, eu venho lendo histórias que se passam em campus.
Minha hipótese, agora que estou escrevendo isso, é que eu sinto falta do ambiente de campus, da sensação de ser um mundo auto-contido que até a USP, enorme e com os ciclistas do inferno, tem. E curiosamente os dois livros que emendei não apenas se passam em campus, como se passam em um período pré-internet e eu tenho pensado muito nisso.
O primeiro que li foi The Rules of Attraction, do Bret Easton Ellis. Ele estudou em Bennington, uma universidade minúscula e no meio do nada no Vermont e, vejam só, foi colega da Donna Tartt. Sim, ela, a autora do maior romance de campus que existe, A História Secreta. The Rules of Attraction se passa em uma universidade chamada Camden, que fica em uma cidadezinha no meio do nada de New Hampshire e os protagonistas são a parcela mais festeira, mais boêmia dos estudantes (embora em um certo momento eles comentem sobre um grupo muito esquisito de alunos de clássicas…) e algo na descrição da vida deles me fez pensar em algo.