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Como mulher millennial cliche, me vi muito no seu texto. Passo muito tempo na minha bolha on-line e quando faço um comentário animado sobre algum trending topic em grupos da vida real e ninguém reage, perco um pouco o brilho tanta coisa que é óbvia pra mim e não furou a bolha daquelas pessoas que muitas vezes tem um alto grau de intimidade comigo, mas que frequentam outro círculo, outro nicho. Se eu citar fleabag nos círculos de amigos “presenciais” garanto que eles nunca ouviram falar. Arrisco dizer que eles não gostariam. Isso diz também que nossos vínculos são construídos em cima de muitas variáveis e que isso pode mudar de acordo com o espaço. Amei a reflexão!

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Nossa Isa, você conseguiu articular aqui várias coisas que eu penso muito, sempre, mas acho muito difícil colocar em palavras, justamente porque é uma experiência tão específica para quem tem o nosso dano cerebral específico das redes sociais (e acho que foi isso que mais me encantou no ensaio da Jia, a habilidade dela de descrever o funcionamento das redes sociais, com suas dinâmicas tão próprias).

Hoje em dia vivo uma situação bem parecida com a sua, tirando meu pequeno grupo de amigos da escola, todas as minhas amizades começaram na internet, em especial no Twitter e nos blogs antigos. Eu conheci meu namorado no Twitter. Até pro trabalho carreguei amizades virtuais, porque já levei duas amigas de blog/twitter pra firma. Meu trabalho é 100% remoto, mas tem uma salinha no Wework que uma galera vai de vez em quando e quando tô em SP tento ir pelo menos uma vez na semana. Numa dessas saímos pra almoçar e rolou o mesmo papo de Succession: "E essa série aí hein, então falando que é boa" e eu só consegui reagir dizendo "ELES SÃO MEUS FILHOS". Em outro momento, falaram da turnê da Beyoncé e eu comentei que fiquei vendo a live do primeiro show dela em Estocolmo e me dei conta que esse comportamento fora da internet não é normal. Enquanto isso, entre minhas amigas, estávamos conversando pelo chat da live e até hoje damos risada do momento em que todo mundo começou a falar que o segurança era gostoso. Momentos né.

Enfim, muitas coisas, muitos pensamentos, adorei o texto (e obrigada por me indicar na sua listinha de recomendações <3)

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Eu tenho muito medo de não conseguir levar algumas pessoas "do twitter" para qualquer que seja a nova conta. Por isso, sigo sentadinha esperando alguém apagar a luz.

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Eu sempre fiquei besta com as pessoas dizendo ah, pra mim deu, vou largar o twitter. Pra mim é como se tivesse cortando relações com todo mundo q te entende e q tem a ver contigo.

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Que excelente, Isadora!!!! ♡♡♡

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Em geral eu me furto a deixar comentários sobre tua newsletter porque mesmo que sinta uma irmandade eu me pego pensando que é inadequado. De todo modo essa edição me acertou em cheio em níveis demais (inclusive no de evangelizador do Blue Sky — seguimos arrebatando as pessoas de esquerda pra fora do inferno na terra que virou o Xitter!).

Pra ter uma ideia, eu conheci minha ex-mulher (mãe da minha mais velha) numa lista de email de Senhor dos Anéis...

Eu parei de abrir o twitter ali no começo da pandemia mais ou menos, e só voltei na noite que o Lula foi eleito, pra curtir a schadenfreude. Então pra mim a coisa de sair quase em definitivo doeu menos porque eu já tinha feito um ciclo de detox. Mas entendo demais a dor de deixar ali pra trás. Olhar os backups do twitter, as interações ali de 2010, 2011... muita saudade também.

Falei falei e não disse nada. Só fica aqui o agradecimento pelo texto, mesmo. :)

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