11 Comentários

Tem muitas coisas que amei (e me identifiquei) nesse texto. Amo São Paulo. E tenho uma preguiça gigante de quem torna “odiar” sua personalidade. Que delicia de ler. Rascunhei um comentário imenso e deletei tudo porque o resumo é esse: que delícia de ler.

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Adorei! Eu morei em São Paulo por anos e era muito meu lugar, o que eu precisava, até não ser mais (mesmo que tudo parecesse favorável a eu ficar). Quando entendi que precisava de outra experiência, encontrei lugares novos de contentamento ao perceber que havia e sempre há escolhas! 💫

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eu li esse texto mudando estocolmo por goiânia e são paulo/londres por buenos aires e ele totalmente preencheu a ausência de palavras que tenho para descrever porque eu quero viver na argentina e não no brasil apesar de todos os apesares. goiânia é incrível mas não é para mim, e buenos aires é caótica, mas é onde eu sou quem eu quero ser no mundo. que texto incrível, eu tô extasiado!

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Eu AMEI esse texto. Moro na Itália há exatamente um ano e não me sinto nem um pouco fisgada pelo ideal de vida italiana. Fiz tudo ao meu alcance para tentar me integrar (curso de intensivo de italiano e hoje sou fluente, inclusive meu trabalho é 100% em italiano), consegui um emprego na minha área (sou engenheira), observei MUITO as pessoas e tentei me integrar com elas (eu sou tagarela, gosto de conhecer gente nova, já tinha feito 2 intercâmbios antes - na faculdade em Portugal e para trabalhar num centro de pesquisa na Alemanha) e descobri que aqui não é o lugar que tem a ver comigo. Moro numa cidade grande, com uma bela infraestrutura, mas a ideia de diversão dos italianos, o modo como eles são (realmente) com as pessoas quando estão no país deles, as opções de vivência das cidades...não tem nada a ver comigo ou com o meu marido. Foi um processo longo e por vezes desanimador ir percebendo que a gente não queria se encaixar na vida daqui (veja bem, eu disse que não queremos nos encaixar nisso aqui e não que não conseguimos). Inclusive, foi fazendo uma eurotrip por Londres, Amsterdam e Bruxelas agora em agosto que a gente reativou a chama de querer continuar morando aqui fora porque vimos que EXISTEM lugares muito mais internacionais, integrados e interessantes do que o lugar que estamos vivendo. Tem muito a ver com essa reflexão que você fez: a cidade que a gente escolhe é muito mais do que um lugar que tem uma oferta de trabalho, ela precisa abraçar seu estilo de vida, senão sua vida será um sofrimento ou um tédio absoluto!

Ja peguei a dica de leitura!!! :)

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Que legal o seu texto! Eu acompanho a Jenny Mustard há anos no YouTube, gosto muito do canal dela. Ainda não tinha me animado pra ler o livro (confesso não ser a maior fã de Sally Rooney, talvez por isso). Mas depois do seu texto, me deu vontade de ler Okay Days.

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I wish I would dye my hair pink

Put on black lipstick

E também ser uma excelente tradutora para além das traduções literárias, como você

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Lendo Okay Days e adorando, aliás.

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Excelente o texto. Eu passei duas semanas trabalhando em uma capital do centro-oeste, cidade com mais de um milhão de habitantes e hoje tenho que ir uma vez por semana para o triângulo mineiro. nos dois casos, cidades que podem ser consideradas grandes, porém já no espaço de dominação do agro - a gente subestima muito como a ideologia do agro perpassa o urbanismo nesses lugares (para além dos bares de sertanejo). eu poderia me mudar de São Paulo: a vida seria mais fácil - e, financeiramente, também compensaria, mas fico pensando: até onde vale a pena? cidades grandes que possuem apenas um bar diferente, de drinks, ou um único bar alternativo, onde todo mundo se encontra e se conhece o tempo todo, enquanto São Paulo traz essa ideia de infinitas possibilidades - que às vezes exaure, é cansativo, mas eu também só sairia de São Paulo para pouquíssimos lugares.

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Textaço, como sempre!

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eu entrei no modo de odiar são paulo (o lugar com que eu sempre sonhei) no auge da minha crise de identidade e, puts, sim pra tudo isso, principalmente pras coisas em que eu odiei me reconhecer.

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Adorei o texto. É mesmo muito difícil refletir sobre quem somos, como queremos viver, escolher pensando nisso e bancar essas escolhas.

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Adorei o texto e deu vontade de ler o livro porque a Suécia me encanta de alguma forma. Aliás, os escandinavos. Amo o caos paulistano, também moro no centro, mas preciso do silêncio. Então fecho a janela e tudo bem. Preciso da natureza e da vida lenta e a metrópole vai no oposto disso. Porém não consigo viver sem seus cinemas de rua, cafés e livrarias. Adorei a história dos pombos (rss) porque outro dia a rasante de um quase se chocou comigo. Vivemos numa espécie de filosofia da flor de lótus rss Abraço.

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