Li seu texto e deixo um comentário: não acho válido para mulheres terem sexo casual. Todas que conheço que optaram por essa prática se tornaram intolerantes aos homens, e quero frisar que, nessa parte, os homens são diferentes das mulheres por possuírem um instinto mais animal. Conheci muitas "Samantha" na minha vida e, mesmo tendo um homem bom como companheiro, elas optaram por não ter uma rotina afetiva. Uma das coisas que sempre observei é que essas mulheres não seguem rotinas em nada; vivem numa competição frustrada, querendo sempre mais delas mesmas e dos outros. Quem não gosta de rotina, tanto homem quanto mulher, é melhor não casar nunca, porque vai cansar e pular fora na primeira dificuldade.
Isso me leva a discordar sobre encarar a sexualidade e o relacionamento como um homem. A mulher não ganharia nada com isso. Desculpe, mas esse é o meu ponto de vista.
Outro ponto com o qual discordo é a ideia de que a monogamia pede demais de uma pessoa. A monogamia não pede nada a ninguém; é a pessoa que escolhe ser monogâmica ou não. São essas escolhas que fazem com que vejamos gente casando e se separando como quem troca de roupa nos dias de hoje.
Outro ponto é a afirmação de que o desejo nasce, em certa medida, da escassez. No meu ponto de vista, o desejo não nasce, ele se cria. Ninguém criaria desejo por comer uma maçã se não lhe fosse inserido no consciente que a maçã é gostosa. Portanto, não se trata do nascimento do desejo, mas da inserção dele, o qual ou você alimenta para crescer ou simplesmente ignora.
Por fim, acredito que o amor transcende o sexo. Uma vida sexual ativa é importante num relacionamento amoroso, mas é apenas uma fração do amor. Minha tese é que cada ser humano é um mundo, e até hoje desconheço alguém que conheça o mundo inteiro. Vemos quem já viajou por ele todo, quem sacrificou a vida para descobrir tudo, mas desconheço quem, de fato, tenha conseguido. E isso é o casamento monogâmico.
Gostei de como você colocou ua opinião, embora existam muitos contra-argumentos possíveis. Por exemplo, o texto menciona explicitamente que comparar uma mulher sexualmente livre a um homem seria um fracasso (o que reforça estereótipos de gênero). Outro ponto relevante é o aumento de separações hoje em comparação com o passado. Vale lembrar que, no Brasil, o direito ao divórcio para mulheres só foi plenamente facilitado com a Lei nº 14.190/2021 que agilizou o processo e reduziu burocracias. Antes disso, mesmo após a Lei do Divórcio (1977), as mulheres enfrentavam estigmas sociais e, ainda hoje, uma mulher divorciada é frequentemente julgada (a menos que tenha sido traída, ai tudo bem). Quanto à monogamia, concordo que é uma escolha, e que exige abdicação de certas liberdades para se enquadrar na norma. Por fim, muito linda sua reflexão sobre cada pessoa ser um "mundo" complexo, difícil de ser completamente explorado ou conhecido.
amiga, você ja leu "sexo no cativeiro" da esther perel? acho interessante como ela cria soluções pra equação do erotismo = aventura e amor = segurança (e a suposta impossibilidade de coexistência). fiquei curiosa pro seu take, falando como uma apaixonada pela monogamia hahahahaha
Amei ler o texto. E eu, que não sou uma mulher livre, entendo o medo: dá muito medo pensar no depois, nas respostas realmente honestas pra essas perguntas. Mesmo assim temos que continuar perguntando. E, como você disse, ler e ouvir as centenas de mulheres que já fizeram essas perguntas antes.
digitando com o pé pois com a mão to aplaudindo! adorei teu texto, eiiiita bom demais. acho que foi o que mais expressou tudo que penso de tudo que tu já escreveu
Aqui você pontuou algo tão urgente, mas parece que a gente, como geração, como coletivo, parece ter pouca imaginação pra responder a como recriar os modos de nos relacionarmos. Sinto a imaginação tão capturada, sem falar nas crenças pessoais e todos os discursos que fundam a diferenças entre gêneros. Mas ainda sim é preciso ir além, poder encontrar saídas investivas, ou continuaremos caindo nas mesmas antigas armadilhas - essa ideia de que homens naturalmente são mais sexuais, de que amor é transcendental (quando na verdade, ele é imensamente influenciado pela cultura), e por aí vai...
Li seu texto e deixo um comentário: não acho válido para mulheres terem sexo casual. Todas que conheço que optaram por essa prática se tornaram intolerantes aos homens, e quero frisar que, nessa parte, os homens são diferentes das mulheres por possuírem um instinto mais animal. Conheci muitas "Samantha" na minha vida e, mesmo tendo um homem bom como companheiro, elas optaram por não ter uma rotina afetiva. Uma das coisas que sempre observei é que essas mulheres não seguem rotinas em nada; vivem numa competição frustrada, querendo sempre mais delas mesmas e dos outros. Quem não gosta de rotina, tanto homem quanto mulher, é melhor não casar nunca, porque vai cansar e pular fora na primeira dificuldade.
Isso me leva a discordar sobre encarar a sexualidade e o relacionamento como um homem. A mulher não ganharia nada com isso. Desculpe, mas esse é o meu ponto de vista.
Outro ponto com o qual discordo é a ideia de que a monogamia pede demais de uma pessoa. A monogamia não pede nada a ninguém; é a pessoa que escolhe ser monogâmica ou não. São essas escolhas que fazem com que vejamos gente casando e se separando como quem troca de roupa nos dias de hoje.
Outro ponto é a afirmação de que o desejo nasce, em certa medida, da escassez. No meu ponto de vista, o desejo não nasce, ele se cria. Ninguém criaria desejo por comer uma maçã se não lhe fosse inserido no consciente que a maçã é gostosa. Portanto, não se trata do nascimento do desejo, mas da inserção dele, o qual ou você alimenta para crescer ou simplesmente ignora.
Por fim, acredito que o amor transcende o sexo. Uma vida sexual ativa é importante num relacionamento amoroso, mas é apenas uma fração do amor. Minha tese é que cada ser humano é um mundo, e até hoje desconheço alguém que conheça o mundo inteiro. Vemos quem já viajou por ele todo, quem sacrificou a vida para descobrir tudo, mas desconheço quem, de fato, tenha conseguido. E isso é o casamento monogâmico.
Gostei de como você colocou ua opinião, embora existam muitos contra-argumentos possíveis. Por exemplo, o texto menciona explicitamente que comparar uma mulher sexualmente livre a um homem seria um fracasso (o que reforça estereótipos de gênero). Outro ponto relevante é o aumento de separações hoje em comparação com o passado. Vale lembrar que, no Brasil, o direito ao divórcio para mulheres só foi plenamente facilitado com a Lei nº 14.190/2021 que agilizou o processo e reduziu burocracias. Antes disso, mesmo após a Lei do Divórcio (1977), as mulheres enfrentavam estigmas sociais e, ainda hoje, uma mulher divorciada é frequentemente julgada (a menos que tenha sido traída, ai tudo bem). Quanto à monogamia, concordo que é uma escolha, e que exige abdicação de certas liberdades para se enquadrar na norma. Por fim, muito linda sua reflexão sobre cada pessoa ser um "mundo" complexo, difícil de ser completamente explorado ou conhecido.
Isso sem contar que é chato.
"É um jogo tão perdido que eu não canso de ficar surpresa com como vocês continuam querendo jogar": frases que servem para o casamento e o tigrinho.
amiga, você ja leu "sexo no cativeiro" da esther perel? acho interessante como ela cria soluções pra equação do erotismo = aventura e amor = segurança (e a suposta impossibilidade de coexistência). fiquei curiosa pro seu take, falando como uma apaixonada pela monogamia hahahahaha
Amei ler o texto. E eu, que não sou uma mulher livre, entendo o medo: dá muito medo pensar no depois, nas respostas realmente honestas pra essas perguntas. Mesmo assim temos que continuar perguntando. E, como você disse, ler e ouvir as centenas de mulheres que já fizeram essas perguntas antes.
digitando com o pé pois com a mão to aplaudindo! adorei teu texto, eiiiita bom demais. acho que foi o que mais expressou tudo que penso de tudo que tu já escreveu
Amei o texto e as reflexões!
Aqui você pontuou algo tão urgente, mas parece que a gente, como geração, como coletivo, parece ter pouca imaginação pra responder a como recriar os modos de nos relacionarmos. Sinto a imaginação tão capturada, sem falar nas crenças pessoais e todos os discursos que fundam a diferenças entre gêneros. Mas ainda sim é preciso ir além, poder encontrar saídas investivas, ou continuaremos caindo nas mesmas antigas armadilhas - essa ideia de que homens naturalmente são mais sexuais, de que amor é transcendental (quando na verdade, ele é imensamente influenciado pela cultura), e por aí vai...
amei o texto !!!