Isso fala muito sobre toda esquerda: qual o "ponto de virada" que faz eu - ele - eles - nós deixar para trás todo um idealismo, abandonar utopias e dizer "não sou mais"?
E qual o "ponto de virada" de quem abandona "utopias irreais" e abraça o realismo utópico?
Primeiro, quero registrar o quanto gostei do teu texto. Depois, fazer um comentário sobre o filme também. Quando o assisti em 2004 -- caramba, 20 anos já! -- ficaram duas impressões: a de que os 3 protagonistas tinham uma consciência bem clara do limitado alcance de suas ações, e nesse sentido até pareciam mais velhos do que eram, o que de certa forma definia a própria intervenção a que se propuseram. E a segunda impressão, a partir das falas do sequestrado comparando sua relação não mono da juventude com a relação que os 3 sequestradores tinham entre si, foi a de como a geração mais nova era (semi-)revolucionáriana na ação política, mas conservadora nos costumes.
Muito bom o texto, nostálgico lembrar dos Fóruns Sociais e do Orçamento Participativo de POA. Onde foi parar tudo aquilo? Infelizmente, as telas dos celulares hoje influenciam tanto que performar está aliado ao votar. As pessoas não querem um mundo melhor, pelo menos a grande maioria. Elas querem o mundo melhor para elas, apenas. Edukators é um grande filme. Abraço.
Queria deixar bem claro que minhas palavras exatas foram: comédia romântica alemã comunista
Isso fala muito sobre toda esquerda: qual o "ponto de virada" que faz eu - ele - eles - nós deixar para trás todo um idealismo, abandonar utopias e dizer "não sou mais"?
E qual o "ponto de virada" de quem abandona "utopias irreais" e abraça o realismo utópico?
Não conhecia esse filme, agora preciso assistir. Obrigado pelo lindo texto.
Que texto maravilhoso! Adorava esse filme e Os Sonhadores.
Revi recentemente esse último e tive uma outra visão, mais crítica do que na época que vi com uma lente romântica.
Um beijo.
Primeiro, quero registrar o quanto gostei do teu texto. Depois, fazer um comentário sobre o filme também. Quando o assisti em 2004 -- caramba, 20 anos já! -- ficaram duas impressões: a de que os 3 protagonistas tinham uma consciência bem clara do limitado alcance de suas ações, e nesse sentido até pareciam mais velhos do que eram, o que de certa forma definia a própria intervenção a que se propuseram. E a segunda impressão, a partir das falas do sequestrado comparando sua relação não mono da juventude com a relação que os 3 sequestradores tinham entre si, foi a de como a geração mais nova era (semi-)revolucionáriana na ação política, mas conservadora nos costumes.
Muito bom o texto, nostálgico lembrar dos Fóruns Sociais e do Orçamento Participativo de POA. Onde foi parar tudo aquilo? Infelizmente, as telas dos celulares hoje influenciam tanto que performar está aliado ao votar. As pessoas não querem um mundo melhor, pelo menos a grande maioria. Elas querem o mundo melhor para elas, apenas. Edukators é um grande filme. Abraço.
Parafraseando Aristóteles que tudo é política, estamos a todo o tempo fazendo-a.