não à toa marx disse: "The less you eat, drink, buy books, go to the theatre or to balls, or to the pub, and the less you think, love, theorize, sing, paint, fence, etc., the more you will be able to save and the greater will become your treasure which neither moth nor rust will corrupt—your capital. The less you are, the less you express your life, the more you have, the greater is your alienated life and the greater is the saving of your alienated being."
Amei o teu texto. Desperta tantos pensamentos que nem sei... Lembro de Sidarta Ribeiro indo na contramão quando fala que o sono é uma transgressão ao capitalismo (afinal, é o ócio, é fazer nada), lembro de Byung Chul-Han dizendo que a gente se transformou em patrão e empregado de si mesmo e tudo que a gente produz e performa é visando o lucro (e até a nossa própria libido é direcionada a nós mesmos, num narcisismo bizarro, não a explorar, a descobrir o outro). Enfim... viver, dançar, sair, e viver offline (sim, quero frisar isso) são atos de resistência. E olhe que nem vi Pequenas Criaturas ainda.
Muito instigante esse texto, Isadora! Eu sempre fui uma grande defensora da minha paz pessoal, acho que porque por muito tempo vivi uma vida tão caótica (em sua maioria caos ruim e não caos gostosinho) que tudo que mais sonhava era viver uma vida tranquila. Mas, ao mesmo tempo, essa cobrança por encontrar essa vida de paz também se torna tóxica e me forço a buscar algo que talvez seja impossível alcançar já que, como você coloca no texto, a vida é mesmo uma bagunça.
Talvez viver deveria ser muito menos sobre idealizar um único estilo de vida, mas simplesmente vivê-la e entender que às vezes vai ser caos, às vezes paz, e às vezes algo entre ambos extremos. Obrigada por compartilhar, adoro tua news!
Eu li um texto desse que uma pessoa da minha idade escreveu há 20 anos. Espero que vocês consigam saber o que dizer quando outra pessoa escrever daqui a 20 anos, porque eu não sei nem como.
Isso foi maravilhoso de ler, e coincidentemente depois que eu levei pra terapia. falei sobre as movimentações que eu vejo necessária de fazer na minha vida pra me sentir viva e não totalmente entregue ao capitalismo. yotra, sempre que eu ouço esse discurso de olha como estou em paz, fazendo enfim coisinhas "clean" nanana, blablabla isso é muito maquiado de olha o quanto eu sou mais evoluída(o) que aquele que pega seus fins de semana pra simplesmente curtir com as amigas de fato, ter trocas interessantes ou somente dar risadas gostosas, ou ter uma transa boa com algum carinha do tinder. sempre me incomoda o discurso e tento não filtrar pra algo pessoal, mas é o que esta sendo vendido como bom e correto, meio católico até hahaha
Te entendo totalmente, fui a uma festa e uma jovem me disse, festa? Você tem 30 anos, já pode ter um filho. Só revirei os olhos, porque as pessoas acham que fazer trinta anos é literalmente tirar a vida da sua vida e ficar em casa mesmo, se encolher como você bem pontuou. Texto incrível ❤️
Amei!!! E acho que ela expressa muito melhor que eu como a coisa não é ser caseiro ou não, é o que se faz dentro de casa, o recolhimento como fonte de experiências ou não
“A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.” - Marina Colasanti.
não à toa marx disse: "The less you eat, drink, buy books, go to the theatre or to balls, or to the pub, and the less you think, love, theorize, sing, paint, fence, etc., the more you will be able to save and the greater will become your treasure which neither moth nor rust will corrupt—your capital. The less you are, the less you express your life, the more you have, the greater is your alienated life and the greater is the saving of your alienated being."
Siiiiiim
Amei o teu texto. Desperta tantos pensamentos que nem sei... Lembro de Sidarta Ribeiro indo na contramão quando fala que o sono é uma transgressão ao capitalismo (afinal, é o ócio, é fazer nada), lembro de Byung Chul-Han dizendo que a gente se transformou em patrão e empregado de si mesmo e tudo que a gente produz e performa é visando o lucro (e até a nossa própria libido é direcionada a nós mesmos, num narcisismo bizarro, não a explorar, a descobrir o outro). Enfim... viver, dançar, sair, e viver offline (sim, quero frisar isso) são atos de resistência. E olhe que nem vi Pequenas Criaturas ainda.
Vou ter que levar esse assunto para terapia agora rsrsrsrsrs
MEUDEUS Isadora, que presente esse texto foi. não sabia o quanto precisava dele – obrigada ♥
texto muito bom! pensando pensamentos...
A vida é uma agonia, mas não sentir agonia é muito pior. Obrigada por colocar em palavras esse nosso sofrimento cheio de dualidades que a gente vive.
Muito instigante esse texto, Isadora! Eu sempre fui uma grande defensora da minha paz pessoal, acho que porque por muito tempo vivi uma vida tão caótica (em sua maioria caos ruim e não caos gostosinho) que tudo que mais sonhava era viver uma vida tranquila. Mas, ao mesmo tempo, essa cobrança por encontrar essa vida de paz também se torna tóxica e me forço a buscar algo que talvez seja impossível alcançar já que, como você coloca no texto, a vida é mesmo uma bagunça.
Talvez viver deveria ser muito menos sobre idealizar um único estilo de vida, mas simplesmente vivê-la e entender que às vezes vai ser caos, às vezes paz, e às vezes algo entre ambos extremos. Obrigada por compartilhar, adoro tua news!
Me senti provocada e inspirada ao mesmo tempo hahaha
Amei o ensaio, sua escrita é incrível 💖
“you cannot find peace by avoiding life”, né? já disse o michael cunningham em As Horas.
Fernando Pessoa, em Livro do Desassossego, no fragmento 6, tem o seguinte aforisma: "vivo mais porque vivo maior".
Eterno retorno tem o mesmo fundamento, se é pra repetir eternamente, que o momento seja o maior.
Nos dois casos, vida boa não é vida (necessariamente) longa, a duração não é o critério. Nem a segurança. Limpeza. Ou sossego.
outro dia apareceu no twitter um cartaz escrito "vai viver ou tá com dó?" e essa virou minha resposta para todos esses tipos de post.
as pessoas parecem que querem economizar vida
Eu li um texto desse que uma pessoa da minha idade escreveu há 20 anos. Espero que vocês consigam saber o que dizer quando outra pessoa escrever daqui a 20 anos, porque eu não sei nem como.
Isso foi maravilhoso de ler, e coincidentemente depois que eu levei pra terapia. falei sobre as movimentações que eu vejo necessária de fazer na minha vida pra me sentir viva e não totalmente entregue ao capitalismo. yotra, sempre que eu ouço esse discurso de olha como estou em paz, fazendo enfim coisinhas "clean" nanana, blablabla isso é muito maquiado de olha o quanto eu sou mais evoluída(o) que aquele que pega seus fins de semana pra simplesmente curtir com as amigas de fato, ter trocas interessantes ou somente dar risadas gostosas, ou ter uma transa boa com algum carinha do tinder. sempre me incomoda o discurso e tento não filtrar pra algo pessoal, mas é o que esta sendo vendido como bom e correto, meio católico até hahaha
Te entendo totalmente, fui a uma festa e uma jovem me disse, festa? Você tem 30 anos, já pode ter um filho. Só revirei os olhos, porque as pessoas acham que fazer trinta anos é literalmente tirar a vida da sua vida e ficar em casa mesmo, se encolher como você bem pontuou. Texto incrível ❤️
amiga, adorei (mesmo sendo cronicamente caseira). acho que vc vai gostar: https://tellthebeees.substack.com/p/the-mainstreaming-of-loserdom
Amei!!! E acho que ela expressa muito melhor que eu como a coisa não é ser caseiro ou não, é o que se faz dentro de casa, o recolhimento como fonte de experiências ou não